sábado, 22 de dezembro de 2012

A Saia que Virou Vestido


A bela adormecida estava dormitando no fundo do baú e esperava que a fada madrinha a fizesse voltar à vida. Assim começa esta história de conto de fada…

Esta saia foi comprada há mais de 10 anos e provavelmente esperava  ser transformada para me acompanhar, cheia de brilho, para tempos mais modernos ou uma festa glamorosa. Ora vejamos o que me despertou novamente o interesse nesta esquecida peça de vestuário:  a cor cinza sempre na moda, o estampado discreto mas cheio de brilho, a lembrar a época de festas e por fim, o seu corte simples e básico que faz dela uma boa matéria prima.

Material:

·         Uma saia comprida de malha

·         Linhas de coser, de cores a combinar com a saia /agulha

·         Tesoura e fita métrica

·         Máquina de costura, mas pode ser cosido à mão, pois não necessita grandes trabalhos de costura.
 
 
1 Recorte o cós da saia, tendo o cuidado para que ela continue com um comprimento aceitável para um vestido. A parte de baixo da saia será a parte de cima do vestido e a parte recortada (sem cós) será a base do vestido (ver esquema).
 
2.Faça uma bainha na parte em que recortou o cós (será a parte de baixo do seu novo vestido).
3.Descosa 15 a 20 cm dos laterais da saia para obter os buracos para passar os braços.
4. Na parte mais larga da saia, marque o espaço de 17cm para cada lado a partir do meio da saia, para passar a cabeça e cosa 1a 2 cm de cada lado, deixando o resto aberto. Não terá que se preocupar em fazer bainha pois não se esqueça que a saia já tinha bainha.
 
 
5. Pronto, agora é só vestir o seu novo vestido e ir para a rua, mostrá-lo ao mundo novo!

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Cidade de Luz

Nesta quadra nunca tenho grande tempo a dedicar às manualidades e aos enfeites natalícios. Ando sempre à procura de coisas simples para fazer e encontrei esta cidade de luz...só de olhar para ela, viajo até bem longe sobre telhados nevados e se olhar bem, posso até ver o Pai Natal a chegar, Ohohohoho!!!.
A impressão é por aqui neste link.
Recorte a folha impressa à medida do copo, em altura e largura e colar formando um círculo (usei fita cola).
Basta encontrar um copo ou um boião, introduzir uma velinha lá dendro e é magia!



E para esta casinha é a Matha Stewart.

sábado, 14 de abril de 2012

Bolsinha Retrato

Espero que esta amiga não tenha sentido umas picadelas ao longo da tarde da confeção desta bolsa...

A bolsinha não está pronta apesar de ter sido começada há já algum tempo, mas falta-me uma coisa essencial para a terminar: uma agulha curva, que por ironia do destino penso encontrar na rua direita, mas falta-me o tempo para lá dar um salto.


A Tangerina

Não chora não tangerina ...
Pleure pas mandarine...


Gentils Coquelicots

Gentil, frágil e delicada papoila. É a flor que mais me comove ver aparecer em qualquer baldio. Cresce amável, indiferente às adversidades e olho comovida e preocupada quando o vento lhe bate bate...ela resiste graciosa no seu vestido de seda vermelha, ligeiramente enrugado, num estilo hippy chic.





sexta-feira, 9 de março de 2012

Flor Turquesa e Rosa

Não voltou a casa porque está na casa onde pertence. Lembrava-me dela mas tinha-lhe perdido os traços exatos. Amei revê-la, alegre e feliz.


terça-feira, 28 de fevereiro de 2012


O narciso que iluminava o recanto de jardim secou. Senti falta dele, da sua luz naquele recanto sombrio. Não o recriei porque não cabe no limite da minha pobre criação, mas fiz uma flor amarela. 



De quem é? Não é de ninguém... ela saberá escolher!


domingo, 26 de fevereiro de 2012

Blue Flower

Esta foi a que fiz para mim ... Azul só podia.
Azul da cor do céu
Azul da cor do mar...


Lindo "Poema Azul" de Maria Bethânia


O mar beijando a areia
O céu e a lua cheia
Que cai no mar
Que abraça a areia
Que mostra o céu
E a lua cheia
Que prateia os cabelos do meu bem
Que olha o mar beijando a areia
E uma estrelinha solta no céu
Que cai no mar
Que abraça a areia
Que mostra o céu e a lua cheia
um beijo meu.




sábado, 25 de fevereiro de 2012

A Paixão pelo Botão

Tenho um gosto pelos botões que ultrapassa o entendimento de qualquer pessoa que viva no século XXI, com toda a moderna tecnologia, zipes, molas e velcros! Vejo o botão como um objeto em si e não apenas aquele triste que se enfia numa casa para segurar a roupa no lugar.

Podia apostar que quase nenhum de vocês se lembra dos botões que cruzaram a sua vida...
Mas voltemos atrás, muitos anos atrás.

Os primeiros botões que marcaram a minha vida apresentavam-se na sua embalagem de origem, ainda cosidos nos pequenos cartões originais por ordem de tamanhos. Havia-os de todos os feitios e materiais, belos à vista, agradáveis ao tato: os de vidro faziam-me lembrar pedras preciosas translúcidas ou leitosas, os de madrepérola furta cores e elegantes, os de madeira esculpidos, os de metal prateados ou dourados, elegantes e distintos. Possuía um verdadeiro tesouro de guerra numa caixa de sapatos.
Foram dados a mim-menina por uma senhora que eu passaria a chamar de "grand-mère" para todo o sempre, que os tinha guardado em lembrança da sua retrosaria que fora fechada aquando da Primeira Guerra Mundial, numa zona de ocupação alemã.

À noite, no aconchego da cozinha, em cima da mesa castanha de fórmica, espalhava os cartões como num jogo misterioso de que nem eu sabia as regras. Olhava os meus preciosos botões, sentia-lhes a maciez ou a frieza metálica, ordenava-os e imaginava em que trajes se destacariam mais. Assim construía histórias com fardas e vestidos de gala nos meus serões de menina só. Nunca me passou pela cabeça tirá-los dos seu suporte, ali pertenciam.

Os meus primeiros pontos foram dados a coser botões angariados ao sabor da sorte, numa espécie de livro construído por mim, com páginas de retalhos de tecidos. Tecidos estes, oriundos de tenebrosas expedições à gaveta dos panos de cozinha da minha mãe. Nunca percebi o aborrecimento da minha mãe que devia querer guardar os seus panos sensaborões e sem ponta de fantasia.

O tempo foi correndo na paz dos botões e na volta também li um célebre romance que se chamava "La Guerre des Boutons", traduzido devia ser "A Guerra dos Botões".
Veio o meu tempo de sair de casa e viajar para estas paragens, deixei os meus botões para trás como quem deixa amigos, porque não me cabiam na bagagem de jovem universitária. Pensei que os meus pais saberiam o apreço que tinha por aqueles botões e não precavi de avisar que deveriam ser conservados até a minha volta ou trazidos para cá. Afinal os meus pais não sabiam, e inexplicavelmente deitaram para o lixo o meu pequeno tesouro. Chorei aqueles amigos que tinham perdurado na história do tempo e feito parte da minha vida, guardei mágoa pela indiferença do gesto.

Mais tarde e já na universidade, veio-me uma paixão pelos botões forrados e tentei reconstituir o meu espólio de guerra na loja da minha nova rua:  "O Rei dos Botões". Infelizmente não se pode substituir botões amigos por outros quaisquer.

Os materiais nobres são caros e até o simples plástico feito botão é uma exorbitância. Guardo para sempre um gosto pelas retrosarias e o hábito de recuperar tudo o que é botão-orfão para guardar em frascos de vidro.
Se um dia lhe der qualquer coisa com um botão... aprecie o gesto, porque ainda hoje tenho dificuldade em desfazer-me de qualquer um, por mais insignificante que lhe pareça. É que não é um botão, é o meu botão.

Bem-vindos ao meu Reino!

Flor Laranja

Há já alguns tempo que eu não pegava na agulha para produzir algo bonito e que perdura. Há uns anos atrás fiz muitas destas flores, com amor e dedicação, com atenção aos pormenores e gosto pelo trabalho bem feito. Fiquei sem nenhuma para mim, confirmando o provérbio de que "Em casa de ferreiro espeto de pau". No entanto perduraram no tempo, e episodicamente volto a cruzar-me com elas, nas lapelas amigas, em echarpes colegas, nas malas  e chapéus, e acreditam que elas me sorriem? Reencontro-as com grande prazer e um pouco de emoção. Agradeço às suas novas donas que as guardaram com amor e que continuam a fazê-las caminhar. Obrigada!


Flor laranja, também ela realizada em lã de feltragem e agulha. As folhas também foram bordadas e há aplicação de missangas no seu centro. Foi adornada com duas penas de fraca.


Esta já tem dona e sei que vai ser tratada com muito carinho.


Vai, florzinha, um dia voltaremos a cruzar-nos ... segue o teu caminho feliz!

Flor Com Borbotos

Esta flor de feltro não tem nome natural. Toda ela saiu da minha imaginação e simultaneamente das minha mãos. Não sei onde irá, quem enfeitiçará...



É feita de lã para feltragem, bordada com ponto pé de flor nas folhas e aplicação de missangas no centro. Usei a técnica de feltragem com agulha num suporte de espuma.

Joaninha Voa Voa!!!

Foi a única que ficou em casa...estranhamente não voou!
Foi de encomenda da minha doce.